sábado, 20 de agosto de 2016

ENQUANTO A CASA DORME



Silêncio, a casa ainda dorme e a cidade também, as pessoas...
Eu me desperto e olho a claridade que atravessa a cortina, no canto direito da janela que me faz crer que já é dia, mas confiro as horas no relógio.  Na cabeça a agenda avisa a programação do dia. O corpo se levanta. Ao banheiro, à cozinha, pelo caminho observo as coisas, elas também dormem no mesmo lugar que as deixei. .O preparo do café. Antes, porém a água faz o corpo acordar, tomo dois copos, uma fruta e o cheiro do café no coador me desperta para a vida enfim. Ligo o rádio bem baixinho, ainda respeitando o sono da casa. O mundo já faz as notícias do dia e a música suaviza o coração com algum estrago do dia anterior. Para terminar o ritual matutino na cozinha, um cálice de vinho, bom para o coração anunciar compassadamente que há vida no corpo. Corpo que recebe no banho a água, que quando escorre da cabeça aos pés limpa com tanto vigor, com tanto prazer, que de repente me vejo agradecendo aos céus o sublime momento.
 E então eu me visto e pronta estou para enfrentar ou saborear o dia. Depende de como a casa despertar.
A casa acorda, ouço vozes, portas e janelas se abrem. Começa o dia! 
Enfrentar ou saborear...

Joyce Pianchão

Nenhum comentário:

Postar um comentário