Silêncio, a casa ainda dorme e a cidade também,
as pessoas...
Eu me desperto e olho a claridade que atravessa
a cortina, no canto direito da janela que me faz crer que já é dia, mas confiro
as horas no relógio. Na cabeça a agenda
avisa a programação do dia. O corpo se levanta. Ao banheiro, à cozinha, pelo
caminho observo as coisas, elas também dormem no mesmo lugar que as deixei. .O
preparo do café. Antes, porém a água faz o corpo acordar, tomo dois copos, uma
fruta e o cheiro do café no coador me desperta para a vida enfim. Ligo o rádio
bem baixinho, ainda respeitando o sono da casa. O mundo já faz as notícias do
dia e a música suaviza o coração com algum estrago do dia anterior. Para
terminar o ritual matutino na cozinha, um cálice de vinho, bom para o coração
anunciar compassadamente que há vida no corpo. Corpo que recebe no banho a
água, que quando escorre da cabeça aos pés limpa com tanto vigor, com tanto
prazer, que de repente me vejo agradecendo aos céus o sublime momento.
E então
eu me visto e pronta estou para enfrentar ou saborear o dia. Depende de como a
casa despertar.
A casa acorda, ouço vozes, portas e janelas se
abrem. Começa o dia!
Enfrentar ou saborear...
Joyce Pianchão
Nenhum comentário:
Postar um comentário