terça-feira, 31 de outubro de 2017

NOVO NOVEMBRO

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Que os dias de novembro me permitam ler mais, escrever mais. Vivo bem assim.


Uma ilusão de tempo renovado? Que seja! Vive-se bem assim também.



Então eu me despeço de outubro. Lá se vai ele... No cabo da vassoura da bruxa ou no capuz vermelho do saci?

Será que vamos nos encontrar no ano que vem?

Despedidas feitas. Momento de saudar novembro, com cheirinho de fim de ano.

Tenho razões pessoais para entrar neste mês apreensiva. Como será?

Mas, que venha mais este tempo. Que eu possa vivê-lo bem. Bem disposta para fazer algumas coisas mais, coisas boas, coisas novas e felizes.

Algumas mudanças são dolorosas e necessárias. Desejo para mim libertação e vida nova.

Afinal, se eu não esperar coisas novas e felizes para mim, alguém verdadeiramente vai desejar? Ando meio desconfiada...

Não sou egoísta. Sei que eu estando feliz vou espalhar alegria por aí e é isto que eu quero. Só isto...



Joyce Pianchão



terça-feira, 17 de outubro de 2017

O VENTO DE HOJE



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O vento bate à janela, sacode as minhas plantas na varanda.
Espero que carregue pra longe o que me faz mal.
Por coincidência, se é que ela existe, terminei de ler "O vento que arrasa", de Selva Almada.
E assim, o vento passa, dilacerando o coração, agitando a mente em conflito. Convida a quem o sente na pele a regressar por lugares já vividos ou viver lugares desconhecidos.
Acontece assim na história e se faz assim em mim.

Joyce Pianchão

domingo, 1 de outubro de 2017

NOVO OUTUBRO

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Iniciei o mês de outubro terminando a leitura de mais um livro de Clarice Lispector:  

"(...) se o mundo não fosse humano eu me arranjaria sendo bicho. Por um instante então desprezo o lado humano da vida e experimento a silenciosa alma da vida animal. É bom, é verdadeiro, ela é a semente do que depois se torna humano" 
 Eu me arranjaria. página 404.

Já começo pensar assim, eu um bicho livre numa floresta distante ou quem sabe uma frondosa árvore, moradia dos bichos livres, também eu poderia ser. Olho muito para tudo que é livre, como o céu, o vento... Eu me pego olhando ao longe, procurando a liberdade, o silêncio, a pureza do ser.
Para continuar minha procura refugio-me na próxima leitura, ainda com Clarice Lispector "Crônicas para jovens de bichos e pessoas". 

Assim outubro me encontra, bicho acuado, mas com cheiro de liberdade, que não desiste da vida.

Joyce Pianchão