quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O PRESENTE DO DIA

O dia hoje amanheceu calmo, banhado pela chuva que desceu enquanto eu ainda dormia. Eu a vi somente ao pisar o chão molhado.
Silêncio... Poucas janelas abertas, poucos carros na rua. Assim estava depois que passou o Natal, que levou consigo o barulho de festa, de gente abrindo presente, comendo e brindando.
Na lixeira em frente ao prédio eu vi vestígios da comemoração do dia anterior nos papéis coloridos, nas caixas de papelão, nas latinhas de refrigerantes.
O catador era o mesmo, do mesmo jeito. Do porteiro recebo um bom dia preguiçoso. Não sinto mais o espírito de Natal,por onde andará?
Escuto as primeiras notícias na cozinha enquanto preparo o meu café. Logo desligo o rádio. Não posso mudar o mundo, mas ele pode mudar o meu humor.
Planejo um banho. Penso em fazer um bolo e abrir o meu dia, pois o Natal já se foi, eu, porém, desembrulho mais um tempo de vida, com alegria e curiosidade.
Há algo melhor do que o presente do dia?

Joyce Pianchão

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

ENTÃO É ASSIM...


Então é assim, mas poderia ser assim...

Falando direto, eu lhe digo que não gosto de Natal.
Calma, me leia.
Mesmo quando era tudo festa, com pais, irmãos e quem mais viessem, havia alguma tristeza incompreendida por mim. Alguns me deram, na época, explicação religiosa.
Hoje continuo não encontrando sentido nas coisas de Natal. Eu gostaria mesmo é que o “Espírito de Natal” vagasse por todo o ano.
Eu entendo que todas as pessoas, em todos os dias de sua vida, necessitam de comida, abrigo, saúde, respeito e presença (bem mais que presentes embalados).
Não me critique, não se apresse em justificar a data, não se zangue, pois não é a minha intenção estragar a sua festa. Faço aqui apenas uma reflexão de fim de ano.
Quero que você tenha um Natal farto de gente, alegria, saúde, carinho, respeito e que venham também os presentes.
O que desejo para você é exatamente o meu desejo para todas as pessoas no início de janeiro, que se prolongue nos próximos meses e chegue finalmente em dezembro, com mais sabor de comemoração.
Afinal, Natal é nascimento...
Que seja o acordar de sentimentos benignos para todos.

Joyce Pianchão

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

E ENTÃO É DEZEMBRO... JÁ?

Fim de ano...

Acabou o ano?

Já escuto "Feliz ano novo".

Nem despedi deste
Nem agradeci os meses
Os dias que compartilhamos.

As horas que junto vivemos
Que apressaram os instantes difíceis
E prolongaram os bons momentos...
(Mesmo que eu sentisse que assim não acontecia)

As noites de descanso 
Os dias recuperados
Curados...
Com sol, chuva, frio e calor
O ano na medida certa.


O ano novo, agora velho, começou aflitivo
Mas a chuva de março
Tudo levou, tudo renovou.

No mês de abril eu deixava o passado...

Maio eu vivia tranquilidade
Em outro canto abria a minha bagagem.

Nossa! Passou rápido o semestre.

No meio do ano ele ainda me presenteava
Novos lugares, novas pessoas,
Novas vontades, 
Muitas perspectivas.

Vontade danada de viver!
Sem importar com idade, 
O  ano me apontava caminhos
Até então impossíveis.

Setembro veio comemorar mais um ano de vida ( ou muitos novos anos)
Eu sentia, então de repente, que eu recuperava alguns que deixei de viver.

Novembro veio...
Não veio só
Trouxe tanta liberdade
que eu me abri num abraço
Sem medo de viver.

  Dezembro chegou com jeito de despedida
De um ano sem igual.
Foi bom viver com ele até o final.

Melhor ainda esperar pelo próximo 
Com a mesma alegria que encontrei neste.

Feliz ano velho!

Joyce Pianchão