Hoje
levei meu coração ao médico.
Fiquei
na dúvida se ia ou não. Com coração não se brinca. Ou brinca?
Talvez
seja este o problema, brincamos pouco nos últimos tempos.
Afinal ficamos até sem jeito, diante das notícias
daqui e dali, nada boas!
Então
temos ficado mais tristes e alarmados, do que leves e risonhos como gostamos.
Verdade
seja dita, ele sempre tão quietinho que eu até andava esquecida dele.
Mas
numa noite destas, ele marcou presença e no meu peito se agitou, bateu
apressado.
E
o médico depois de ficar pertinho do meu peito, de escutar com atenção o que
meu coração tinha para dizer, me tranquilizou. Eu não tinha com que me preocupar. O coração
no compasso estava.
Mesmo?
Que coração danado de bom!
Cheguei
a pensar que ele já estava cansado de me acompanhar.
Então
eu me enganei?
O
tempo ainda se faz presente em mim? Bate por mim o meu coração?
Sabe
de uma coisa? Vou acreditar neste médico, gostei dele!
Joyce
Pianchão