quarta-feira, 29 de maio de 2019

Assim é...


 


Raridades...

Bom dia falado
Olho no olho
Trato feito com aperto de mão
Amizade sincera
Amor eterno...

Com licença
Por favor
Gente feliz no trabalho
Gentileza no transporte coletivo
Gente sem fone no ouvido
Livro na mão...

Criança brincando na rua
Policial protegendo.
Leis cumpridas.
Direitos preservados...

Encontro na sorveteria,
 Na porta do cinema,
No parque
Na banca de jornal
Num café...

Namorados de mãos dadas
Gente sem medo
Conversa no portão
Abraço apertado
Notícia boa no jornal...

Gente honesta
Sem pressa
Lixo na lixeira
Respeito...

Joyce Pianchão

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Chove

Chove

Chove no telhado, nas plantas, no chão.
Chove em mim...

Eu escuto o silêncio que a chuva faz lá fora.
Silêncio também em mim...

Os telhados, as plantas e meus pensamentos se banham na água que escorre.

No compasso da chuva surge o verde mais vivo.
O cheiro de terra molhada invade minhas recordações.

O asfalto seco e duro mata a sua sede.
O rio se agita com a água que chega
 Muita gente também se agita.

Para alguns basta fechar as janelas, para outros a chuva se faz temor. 

Eu recebo a chuva com calma, com tanta calma que ela se entristece em mim.
Não vejo o sol, sinto o escuro.

Sou feliz!
Vejo a chuva pela janela.
Queria a chuva assim, não só para mim...

Joyce Pianchão


quarta-feira, 1 de maio de 2019

Encontro de gente



Encontro de gente

Tomamos um café
A gente se olhava
Falava
Escutava
Observava.

Os olhos falavam
A boca sorria
Mãos gesticulavam
Ouvidos atentos
Palavras cuidadosas.

Mais café nós pedimos.
Passaram as horas
As outras pessoas iam e chegavam
E o café exalando vida
Inaugurando um novo tempo
Tempo leve.

E então aconteceu...
Troca de favores: Eu lhe escuto, você me escuta.
Pagamento: Eu pago o café.
Dívida: Estou lhe devendo um café.
Falha técnica: Que pena! Não nos lembramos de fazer uma selfie.
Promessa: Eu marco o próximo café.
Efeito colateral do café: Eu quero! Eu também! Eu vou!
Final feliz: Mais encontros, mais gente com gente.

Qual foi a última vez que você viveu uma situação desta?
Pois é... Se você não se lembra de quando foi ou se isto nunca aconteceu com você, não sabe que momento precioso está deixando de vivenciar.
Quantas coisas poderiam ser resolvidas mais facilmente ou mesmo amenizadas num bate-papo acompanhado de um cafezinho? Quantas mudanças podem surgir neste momento?
Outras vezes, muitas vezes, um momento deste vale mais do que até mesmo do que um problema resolvido. Porque na verdade a maioria das nossas carências afetivas se resolve na companhia de café amigo e isto basta para prosseguir.
Vamos então fazer renascer esta simpática prática de convidar um amigo para um cafezinho?

Joyce Pianchão