Quem é você de verdade?
Dizem que é amor incondicional, que nada espera
em troca.
O que
sei é que ama e espera.
Espera reconhecimento, retorno, carinhos em
dobro.
Mas, verdade seja dita, se não há volta e nem
companhia, guarda resignada o seu sentimento, que não diminui, cresce a cada
dia mais.
Falam de você como se fosse um ser especial, acima
de todas as coisas, de todas as pessoas, é santa?
De verdade, sabemos que é um ser comum, que ri,
chora, afirma, mente, erra, acerta, se desespera, vive, sonha, planeja e querida
quer ser.
O que então tem você, que por todos é sabido como
um sentimento insubstituível?
Por que mesmo quando julgada pelas suas
imperfeições, para sempre é lembrada?
É falada e repetida até à exaustão, que cansa e
faz recuar a quem tenta com este sentir competir.
O que tem você, que com o passar do tempo e perto
ainda está, querem lhe fazer perceber que é desnecessária, mas quando se
despede para não mais voltar, aí um vazio para sempre fica?
A resposta simples e conhecida por todos os
filhos e filhas então surge naturalmente:
Você é mãe.
Joyce Pianchão
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