quarta-feira, 10 de agosto de 2016

LEMBRANÇAS



Rosas brancas

Encomendei rosas brancas.
Elas chegaram envolvidas em papel celofane transparente, com um singelo laço rosa.
Elas estavam nas mãos de um homem, o homem da floricultura.
De longe eu avistei as mãos que seguravam as rosas.
Naquelas rosas eu vi você, eram para você.
As rosas passaram para as minhas mãos e eu as olhei.
Lindos e frescos botões de rosa, borrifados com água fresca traziam vida, traziam você.
Entramos em casa, eu e as jovens rosas. Coloquei-as em água fresca na jarra de vidro transparente e então eu dei a elas as boas vindas.
Meus pensamentos foram então ao seu encontro e lhe entregaram a minha lembrança do dia que sua missão aqui se deu por cumprida. Porém você permanece viva e verdadeira como estas rosas brancas na água fresca, na jarra de vidro transparente e em mim.
Para você, Marlene, minha mãe, nesta terça feira, nove de agosto, rosas brancas sejam o nosso elo de sempre, para sempre.

Joyce Pianchão

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