terça-feira, 5 de março de 2019

O tempo da maturidade





Não estou triste, não perdi ninguém, não deixei de sorri. Mas, sou gente e gente faz barulho ou deixa de fazer quando necessário. Sobre isto então, eu escrevo.

Diante de algo que me entristece, aquilo que me confunde ou que não me representa, quando me vejo sem resposta, quando me vejo indecisa se vou ou recuo, aí é quando ele se faz urgente em mim, o silêncio é o meu refúgio.

Dou então, nestes momentos, o meu cessar de som, estou em repouso.
Não é uma fuga, nem mesmo com isto quero penalizar ninguém, nem a mim mesma. Retiro-me com a segurança que a maturidade me trouxe, para um instante de reflexão.
Eu me removo como se retirasse uma pedra do caminho. Afinal, o barulho continua o seu caminhar.

E então eu sou pedra, sou silêncio.
Eu me faço pedra a outros olhos, mas continuo eu mesma, eu observo ,penso, sinto e aguardo minhas respostas.
Quando assim eu me encontro faço releitura minuciosa do meu eu e de todos os outros que me rodeiam.

Até que me fortaleço, eu me acalmo e percebo que não sou pedra no caminho, sou o caminho das minhas escolhas.

Joyce Pianchão

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