EU NO CINEMA

Eu na 10ª Mostra Cine BH 2016

20 de outubro

Ontem, em noite de calor, de intenso calor, de incômodo calor, eu não cabendo em casa saio caminhando e parei no lançamento na Mostra Cine BH. E então gratuitamente eu me vi em meio a muitas pessoas, conversando, conhecendo, participando e assistindo ao filme “Ellon não acredita não morte”, no Sesiminas. Voltei para casa caminhando feliz com a liberdade que me proporcionei.

21 de outubro

E meus passos em direção à Mostra Cine BH continuam. Ontem tive a oportunidade de conhecer o Cine Santa Tereza, o cinema e mais pessoas que gostam de uma boa prosa, assim como eu. Assisti ao filme “Los Leones”. Valeu a caminhada, a conversa e o filme, tudo gratuito e de boa qualidade. Adorei!

22de outubro

A Mostra Cine BH continua e eu seguindo seus passos. Ontem estive no Palácio das Artes, com uma amiga e assistimos: “Silvestre”. O filme foi legal e tudo o mais também. Cada lugar que passo, vivo um novo momento, eu vivo pessoas diferentes. Eu me percebo nesta novidade, me noto, me observo em cada situação, o que me faz muito bem!

23 de outubro

Domingo foi dia de passeio na praça, prosear com gente desconhecida e descobrir novas amizades. Eu assisti a mais um filme da Mostra Cine BH: “Rifle”, no Cine Santa Tereza, com direito a bate papo com o diretor no final do filme. Tudo de bom!

25 de outubro

 Terça-feira, eu novamente no Cine Santa Tereza, ainda pela Amostra Cine BH: “Hierba Buena”, sobre a cidade de Havana, na ilha de Cuba. Para completar conheço um casal que lá esteve. Então... A conversa se alongou na noite quente de BH.

No dia 27de outubro, quinta-feira, foi o encerramento da 10ª Mostra Cine BH, a primeira que eu tive a oportunidade de ir, experiência incrível, que com certeza é uma porta aberta para outras.

Eu continuo por aí a procura de bons filmes para assistir.

Joyce Pianchão

 

EU PENSO ASSIM

´"E preciso ir além do normal". 

Assim escutei o Professor Mário Sérgio Cortella dizer em uma de suas palestras. 
Ele discursava sobre educação e eu sei que nos educamos em todos os lugares por onde passamos e se passamos é porque era necessário e se era necessário temos que deixar ali algo de novo, além do normal, da mesmice.
Muitos acham que o que deve ser feito é seguir, fazer o que todos fazem, o que os superiores lhes mandam executar. Porém quando a coisa desanda é de você que lembram e lhe perguntam: Por que não fez diferente?
Pense nisto, se acha que o normal não lhe agrada, não é o ideal, vá em sentido contrário, tente de outro jeito.
 Se errar vale lembrar que não se acomodou. Se acertar lembre-se que o que parece normal muitas vezes não passa de comodismo seguido por quem não quer ter o trabalho de fazer algo de novo.
Algo de novo pode acontecer na vida pessoal ou no trabalho e em ambos inovar faz bem a saúde e não ser totalmente normal também. Um pouco de loucura é o tempero da receita de se viver bem.

FRASES NO MEU CAMINHO

"Onde tem respeito, não tem diferença".
(Brocker turismo)
 
Eu li por aí e me pus a pensar que o respeito deveria ser a primeira coisa a ser ensinada em casa e na escola.Se há respeito nada mais é preciso aprender. O respeito é a base de tudo. Mas é preciso respeitar o diferente, aquele que não é igual a mim, que não pensa igual a mim, não vive como eu, não tem a mesma opinião, não almeja as mesmas coisas. Respeitar o igual é mais fácil, respeitar pai e mãe, isto aprendemos quando pequenos,porém é preciso aprender urgentemente a respeitar os outros, que não são família, não são amigos, não fazem parte do meu grupo social, enfim são diferentes e merecem o meu respeito.

"As frutas deste parque pertencem aos passarinhos".
(Parque Pedras do Silêncio. Nova Petrópolis. RS)

Li em um parque e então pensei que adoramos lugares lindos,floridos,bem cuidados,mas não pensamos duas vezes em destruir a harmonia do lugar, seja retirando ou sujando. Então é preciso saber usufruir do lugar vendo, sentindo o cheiro e o mais importante: respeitando.
Lembre-se disto no seu próximo passeio: as frutas do lugar pertencem aos passarinhos,assim como as flores, a terra, a grama, os animais, o cheiro, estão ali e ali devem ficar para encher seu coração de coisas boas sempre que você parar para admirar.

"Não pise nos sonhos"
(Restaurante Olímpia.Canela.RS)

Eu li em um restaurante, sem autoria, com sabedoria.
Nossos sonhos devem ser por nós guardados com carinho, porém não devem ser esquecidos, jogados em qualquer canto e de repente pisados... Sonhos devem ser alimentados até que um dia aconteçam.E mesmo que este dia não venha, mesmo assim guarde-os, são seus, são vida. Sem eles não há porque caminhar.

Eu li mais um romance de Clarice Lispector

Termino nesta tarde chuvosa em Belo Horizonte a leitura do segundo romance escrito por Clarice Lispector. Do início ao fim eu me vi atraída pela maneira singular da autora escrever, de descrever o que de mais íntimo pode estar num ser humano.

(...) ela sentia sem mesmo compreender que o lugar onde se foi feliz não é o lugar onde se pode viver.

(...) como a sensação a cada manhã de não ter morrido à noite.

Coisas assim, simplesmente ditas,mas profundamente sentidas, percebidas após árduas lutas travadas intimamente.

Eu me sinto hoje presenteada com a chuva tão esperada, apesar de certo receio de falar dos benefícios da chuva sem pensar nos dissabores que ela também pode causar. Recebi também como especial presente a leitura final deste livro que me fez suspender a respiração  e também sentir uma mistura de satisfação e tristeza, que é como me sinto ao terminar um livro.

Joyce Pianchão

DIA DE VOTAR E VOLTAR...

 Na época de eleições, eu sigo para as minhas recordações, sempre é assim, sempre eu fico assim. Não estou mais ali, mas mantenho o endereço no título de eleitor e na mente. Não me pergunte por que, nem eu mesma sei. Na verdade sei sim, as outras opções também são complicadas. Serei eu a complicada?

É nesta oportunidade que eu me permito voltar nas ruas de um bairro que fizeram importante parte da minha história.

Vou cedo pelo caminho silencioso, de ruas que apontam para o alto, subida longa em um domingo nublado, quieto, tão quieto que parece que tudo se imobiliza para eu desfilar com o meu passado. Mesmo onde há novas construções, novos moradores, eu vejo nitidamente, exatamente como era antes. Estão lá as pessoas, as casas, eu e o tempo.

Tudo tão real que travo um diálogo comigo mesma, me perguntando como aconteceu daquele jeito, porque não foi diferente. Agora já foi e passou de retorno só as lembranças. E as coisas boas, as pessoas alegres, também passaram por mim, passaram e foram.

Por onde passo vejo papéis e policiais, gente séria e calada, me lembram da obrigação do domingo.

Votei e voltei pensando que neste mesmo ano eu tenha que fazer o mesmo caminho de recordações e dever.

Que venha o 2º turno!

Joyce Pianchão

ESTOU OUTUBRO

Sou senhora,

Sou mulher,

Sou mãe,

Sou professora, quem foi sempre será.

Sou gente,

Sou pessoa,

Sou ser humano,

Sou cidadã,

Sou eleitora e leitora também.

Sou brasileira, mineira primeiro, uai!

Sou alta, já fui mais magra, mais jovem, não sei se mais feliz.

Hoje sou liberdade.

Já escrevi e escrevo agora, não a vida, esta eu sigo.

Estou em outubro...

Caminhando com meus pés, vendo com meus olhos, sendo eu.

Planejo uma viagem

 Escrever um livro também.

Às vezes eu fico triste, outras vezes alegre.

 Em algum instante desânimo, em outro vontade.

Gosto de gente perto, de outros animais nem tanto.

Aprecio a manhã, o amanhecer, o começo, o resto é consequência.

Choro a morte do outro, sou emoção.

Nascer é pura alegria!

Sou nascimento ao acordar.

Estou em outubro, hoje é outubro, eu sou outubro.

Joyce Pianchão