De repente eu olho o céu,
Como se ele me espiasse,
Como se eu o perseguisse.
Não! Não olho para ele de repente,
Olho para ele diariamente,
Como se ele fosse a minha agenda aberta:
O que temos programado para hoje?
Se azul, disposição.
Se nublado, recolhimento.
Se chuva, pensamentos escorrem na vidraça...
Se vermelho, vem frio.
Muitas nuvens, o tempo vai virar.
Em conexão permanente,
Eu e o céu, o céu e eu.
Olho o céu pela
manhã,
Quando agradeço a oportunidade de mais um dia.
Ergo os olhos ao céu antes de me vestir,
Ao programar um passeio, uma viagem, um encontro...
Dirijo-me ao céu quando caminho e com ele divido a alegria,
A alegria de estar ali, vivendo...
Consulto o céu quando vou pendurar a roupa no varal,
Será que vai chover?
Eu olho para o céu à noite
E procuro por ela.
Meus pedidos eu faço,
sempre à mesma estrela,
Dividindo com ela meus segredos...
A lua eu respeito,
Grandiosa, com faces e tons variados.
Ela me causa um especial deslumbramento,
Que tem como consequência o meu respeito.
Não converso com ela, não faço pedidos,
Só a admiro...
E assim estranhamente, ou maravilhosamente,
Eu e o céu,
O céu e eu,
Conectados.
Joyce Pianchão
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