quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Ainda sobre ele

Eu no livro que leio

Eu acaricio, eu cheiro, eu observo e entro...
 Já me vejo parte da história.
Sou o personagem, o lugar, respiro todos os sentimentos, ações e conflitos.
Acontece tão profundamente que necessito de uma trégua e fecho o livro, mas continuo na ilha, estou lá.
Foi assim lendo "E não sobrou nenhum". Quem já leu me acompanhe, por favor, e se puder diga que me entende.
Vejo no meu clube de leitura gente entusiasmada com a autora, com a trama da história, gente feliz da vida ao suspeitar quem seja o assassino. Mas todos se comportam como plateia somente assiste e se mantém de fora, não se envolve.
 E eu termino rápida a leitura, acho incrível estar desconfortavelmente presa na história. Eu saio viva e enjoada da ilha. Presenciando a cena final.
Verdade! Eu me vi lá, sozinha, condenada a morrer. Como dormir, comer, caminhar e esperar a vez de morrer? Eu pensei assim... Eu me vi assim. Não volto mais, Agatha!
Concordo que é uma excelente escritora, o meu completo envolvimento é prova disto.
Leio para escrever e escrevo para me compreender.
E se fosse eu?
Sou assim...
Joyce Pianchão

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