Eu
no livro que leio
Eu acaricio, eu cheiro, eu observo e
entro...
Já me vejo parte da história.
Sou o personagem, o lugar, respiro todos
os sentimentos, ações e conflitos.
Acontece tão profundamente que necessito
de uma trégua e fecho o livro, mas continuo na ilha, estou lá.
Foi assim lendo "E não sobrou
nenhum". Quem já leu me acompanhe, por favor, e se puder diga que me
entende.
Vejo no meu clube de leitura gente
entusiasmada com a autora, com a trama da história, gente feliz da vida ao
suspeitar quem seja o assassino. Mas todos se comportam como plateia somente
assiste e se mantém de fora, não se envolve.
E eu termino rápida a leitura,
acho incrível estar desconfortavelmente presa na história. Eu saio viva e
enjoada da ilha. Presenciando a cena final.
Verdade! Eu me vi lá, sozinha, condenada
a morrer. Como dormir, comer, caminhar e esperar a vez de morrer? Eu pensei
assim... Eu me vi assim. Não volto mais, Agatha!
Concordo que é uma excelente escritora, o
meu completo envolvimento é prova disto.
Leio para escrever e escrevo para me
compreender.
E se fosse eu?
Sou assim...
Joyce Pianchão
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