Eu saí para comprar um livro, não, eu saí para
não ver o dia em casa.
Domingo é um dia complicado para mim.
Já foi descanso, hoje é vontade de não ficar em
casa, de sair por aí.
Domingo de tarde, coloquei roupa confortável e
sai andando até a um shopping, entrei comprei um tênis, um tênis casual,
branco, para as caminhadas casuais de domingo, de outros dias também, dos bons momentos
que estão por vir, assim espero,
Entrei em uma livraria, meu mundo preferido e
comprei mais um livro.
O vendedor veio e não encontrou o título
pedido, eu encontrei o que queria na prateleira rente ao chão. Eu e o livro nos
encontramos, ele estava ali a minha espera, levei-o para casa e lhe apresentei
aos outros a minha espera na cabeceira da cama.
Eu me sentei num café e lanchei tranquila, sem
pressa, acho que nem pensei, se pensei não percebi.
Hora de retornar para casa, fim de tarde,
clara, fresca, silenciosa, eu passos leves,
serena, confiante.
Cheguei à minha casa depois de um passeio
comigo mesma, tomei um banho, fiz chá e fui ler o meu livro, não o que comprei,
o livro que ao fim está chegando, começamos a nossa despedida.
A chuva caiu forte, o vento varria o que via
pela frente, levava também o que não via, mas eu sabia que ia.
Dormi com o barulho dos pingos de chuva que
batiam na janela, que caiam no chão, que se faziam música, que abrandavam o coração,
a mente, todo o corpo, completamente eu, adormeci.
Joyce Pianchão
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