sábado, 9 de julho de 2016

TEMPO É SENHOR DO TEMPO



Tempo

Tempo que foi
Tempo que vem
Tempo de hoje
Tempo de ontem
Tempo que virá
Tempo que não para.

Pare!
Pare tempo que eu preciso pensar
Pensar se quero continuar
Se eu quero um novo tempo
Se eu tenho tempo...

Pare!
Para que eu possa dizer
Sim, não, talvez...
Não sei o que quero
Neste exato momento
Eu não sei!

Será que o meu tempo se foi?

Pare!
Pare que eu quero dizer
O meu tempo é o agora
O meu tempo é hoje

 A vida não espera
E enquanto ela em mim estiver
Sou tempo que vive
Que quer
Que sente
Que decide.

Pare!

E o tempo em um instante parou
Parou porque eu faço o meu tempo
Tempo de correr
De ir
De recomeçar
De decidir.

Não para...

No relógio o tempo não para
No calendário o tempo não para
No meu corpo o tempo faz marcas
E também não para...

E então fico a pensar
Devo correr contra o tempo?
Posso voltar o tempo?

Tempo é senhor do tempo
Quando o tempo se finda
Nada há o que fazer...

E então eu concluo
Sem tristeza, nem euforia
Sem pressa,
Sem perda de tempo
Decido viver
As horas, os dias
O tempo que tenho...
Não sei se é muito ou pouco
Mas viver é decisão
É ilusão de tempo.

Ilusão achar que somos dono do tempo
Que o tempo é nosso
Que cada um faz o seu tempo.

Ah, não importa!
Para que perder tempo com o tempo?
Se o que tenho é este tempo agora
Faço dele o mais precioso de todos os tempos.


Joyce Pianchão

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