quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O PRESENTE DO DIA

O dia hoje amanheceu calmo, banhado pela chuva que desceu enquanto eu ainda dormia. Eu a vi somente ao pisar o chão molhado.
Silêncio... Poucas janelas abertas, poucos carros na rua. Assim estava depois que passou o Natal, que levou consigo o barulho de festa, de gente abrindo presente, comendo e brindando.
Na lixeira em frente ao prédio eu vi vestígios da comemoração do dia anterior nos papéis coloridos, nas caixas de papelão, nas latinhas de refrigerantes.
O catador era o mesmo, do mesmo jeito. Do porteiro recebo um bom dia preguiçoso. Não sinto mais o espírito de Natal,por onde andará?
Escuto as primeiras notícias na cozinha enquanto preparo o meu café. Logo desligo o rádio. Não posso mudar o mundo, mas ele pode mudar o meu humor.
Planejo um banho. Penso em fazer um bolo e abrir o meu dia, pois o Natal já se foi, eu, porém, desembrulho mais um tempo de vida, com alegria e curiosidade.
Há algo melhor do que o presente do dia?

Joyce Pianchão

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