O dia amanheceu frio, céu nublado e eu
tranquila, leve, reflexiva.
Pensei nela, na morte.
Pensei
naqueles que ela me levou.
Saudade veio terna.
Pensei que um dia ela virá para mim, eu serena.
Hoje é Dia de Finados, dia dos vivos pensarem
na lista de amigos, conhecidos, familiares, que viveram, cumpriram cada um o
seu ciclo de vida e foram com ela, com a morte.
Mas, os que se foram ficam na gente, ficam no
ar, nas coisas, nos lugares, nas fotos, nos rostos dos filhos, dos netos, dos
amigos.
Ficam no que falaram, demonstraram, construíram.
Ficam naquilo que gostavam, no que acreditavam. Ficam por onde passaram. Ficam
na mente, no coração, na lágrima, no sorriso, no gesto, nos objetos.
A vida
continua com a presença, de alguma forma, dos que se foram, pois a partida
nunca é completa. Parece até que é um “até qualquer hora, até qualquer dia”.
Hoje é dia de pensar em o que estamos fazendo,
o que vamos deixar, em que lembrança estaremos, em que saudade, em que alegria,
em que vida, em que palavra...
Hoje é nosso dia, dia dos vivos serem vida
eterna, para os que vão ficar depois de nós.
Joyce Pianchão
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