Mais perto de mim
Eu me dei férias do cotidiano que vejo da janela do
apartamento e fiquei mais perto do céu mais azul, do verde mais verde, da vida
mais linda de viver.
Eu tirei meus pés do asfalto e fui passear nas ruas de
pedras de Diamantina.
Fiquei mais próxima de pessoas até então desconhecidas e
observei-as e fui observada.
Algumas passaram, outras chegaram mais perto, muitas ficaram
conhecidas, poucas se tornaram promessas de futuras amizades.
Gente de todas as idades, de muitas histórias.
Fiquei do lado de gente de todo jeito.
Todas me fizeram repensar que gente eu sou.
Comi com sabor, bebi com prazer, senti frio na pele e
quentura na alma.
O passeio ficou registrado nas fotos e na minha mente para
que eu possa voltar nele sempre que quiser.
Vi seresta na rua e sentei-me no banco da praça no domingo. Vi Sempre Viva fazendo primavera no centro da cidade, conversei com um morador
do lugar, que me disse que na vida tudo é questão de costume, assim como subir
e descer ladeira e caminhar sobre as pedras.
Avistei casas com portão baixo, janela aberta pra rua, mulheres
e homens proseando na calçada, crianças brincando na rua.
Eu senti ar puro entrando nos meus pulmões e paisagens únicas
que alegravam os meus olhos.
Na igreja, no museu, na história marcada no chafariz, nos
muros da cidade me fizeram refletir sobre o que é a humanidade.
Gratidão, Diamantina! Você me provocou emoções, me fez rever
sentimentos.
Joyce Pianchão
Julho de 2019
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