Acordei assim, sim, com sessenta e dois anos de
vida.
Agradeci a vida, a nova vida!
Estou feliz!
O coração, apesar de, bate tranquilo. Sinto a
vida com tudo que ela me reserva.
Eu me emociono com os abraços e mensagens que
recebo. A emoção é vida!
Escrevendo aqui paro um instante para assistir
a dois vídeos no Facebook: no primeiro um rapaz diz de qual “cura” a sociedade
realmente precisa. Concordo com ele quando diz que é preciso substituir o ódio
pelo amor, principalmente pelos nossos diferentes. Sou também os outros, isto é
vida!
O segundo vídeo é de uma jovem mãe descrevendo
o caminhar do seu pequenino todas as manhãs, no trajeto para a casa da avó. É uma
lição da simples felicidade observada por ele nas coisas e pessoas. Tão simples
amar!
Logo depois que a minha mãe faleceu, um mês
antes do meu aniversário, tive um sonho com ela me dizendo “Feliz ano novo”.
Sempre quando começamos um novo ano, nos
sentimos renovados, fazemos um balanço e tentamos seguir em paz, conservando o
que aconteceu de bom e se desfazendo do que não tão bom foi. Mas nem sempre é
possível deixar no ano passado tudo liquidado, ficam pendências. Estou com algumas...
Há algum tempo eu corria de uma cirurgia, até
que recebi um ultimato do médico e fiz, fiz agora, dias antes dos sessenta e
dois. O medo era maior do que o fato em si. Estou bem, com uma vontade danada
de viver a vida.
Outra cirurgia também precisa ser feita, esta é
mais complicada, não é física, é sentimental, preciso arrancar de mim o que me
faz mal. Preciso retirar dores já vividas, que não sei por que as conservo em
mim. Sei que vou sentir nova dor, novo medo. Mudanças e desistências também causam
dor. Mas é dor boa, que depois de vivida vem acompanhada de um feliz ano novo!
Joyce Pianchão
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