
Domingo com céu azul, azul claro, com apenas
algumas pinceladas de nuvens suaves. Céu tão lindo que me faz crer na beleza,
na beleza que vejo no alto, que entra pelos meus olhos e que se instala em mim,
que triste se fortalece.
Vento frio de inverno contrasta com o sol forte
que já se anuncia e quer se fazer presente.
Nas ruas silêncio, mas a floricultura já aberta
me convida a entrar.
Comprei rosas brancas, margaridas brancas e
ganhei de brinde um pequeno vaso de flores também brancas.
Gosto do branco nas flores. O branco é paz,
tranquilidade, apazigua meu coração e os sentimentos que nele persistem em
ficar.
Feliz agora, eu desfilo pela rua.
Levo para casa as minhas flores e no caminho já
converso silenciosamente com elas. Digo a elas por que estou levando-as comigo,
para quem são. Elas parecem entender, pois estão lindas e me respondem com
perfume.
Chego a casa, pego o jarro, coloco água e
deposito com cuidado cada uma das flores. Levo-as para a sala de estar. O pequeno
vaso que ganhei coloco na janela do meu quarto. Quando amanhã eu acordar lá
estará ele a me saudar.
Afinal porque todo este ritual no domingo de
sol e céu azul?
Hoje é Dia das Mães e eu tenho que admitir que esteja
imensamente triste.
(Por favor, não me pergunte por quê. Eu lhe
responderei com o meu silêncio...).
Então
para me confortar, me lembro das Mães que foram vidas em minha vida.
Gratidão a elas!
Joyce Pianchão