Domingo
Meu pai sempre ficava triste no domingo.
Domingo não é um dia fácil, ele se arrasta.
No domingo já começo a pensar na segunda, o relógio vai despertar às seis horas.
Na agenda repasso os compromissos da semana.
Domingo é o primeiro dia da semana. Difícil aceitar.
Para mim o primeiro dia da semana é o segundo. Domingo é pausa.
Acordo mais tarde, almoço mais tarde e o dia escorre lentamente.
Nas redes sociais "Bom domingo!"
Bom mesmo é a semana cheia de compromissos, é o sábado cheio de gente.
Domingo é cada um no seu canto. e aí é que mora o perigo...
Pensar na vida não é tarefa fácil.
O bom é começar ativando a gratidão.
Agradecer a vida, a saúde, o próprio canto, o alimento, quem está ao seu lado, as oportunidades que a vida nos dá e porque não agradecer o domingo?
Está bom assim, se ficar assim ótimo, se melhorar fica melhor ainda.
Um simples domingo é cheio de coisas boas, tão boas que silenciosamente estão ao nosso lado e nem percebemos.
Joyce Pianchão
É UM ESPAÇO ONDE PRETENDO ESCREVER, É CLARO! MAS TAMBÉM QUERO LER O QUE OS OUTROS ESCREVEM, QUERO OUVIR E SER OUVIDA, QUERO FALAR SOBRE O COTIDIANO, DO SIMPLES AO MAIS COMPLICADO. QUER FAZER ESTA VIAGEM COMIGO?
domingo, 19 de agosto de 2018
domingo, 12 de agosto de 2018
PENSO NELES...
Hoje é
domingo com cheiro de pai.
Acordo e penso no meu e sinto saudades.
Penso em outros pais de coração que por mim
passaram e também sinto saudades.
Não estou triste, apenas recordo.
Fui ao supermercado e vi um movimento diferente.
As ruas silenciosas de todos os domingos tinham
gente, música, filhos e pais.
Eu me vejo em outros tempos de mesa cheia, de
gente rindo, do meu pai abrindo os presentes e o sorriso franco.
Eu me lembro do meu sogro que não me deixou,
mesmo quando seu filho o fez.
Eu me lembro também do meu velho e bondoso vizinho
que deixava uma cesta de verdura em minha porta sempre que voltava do seu
sítio.
Eu não tive a alegria de conhecer meus avós.
E assim são as recordações, algumas alegres e
outras tristes.
Neste dia de domingo movimentado para muitos, eu
me recolho nos meus pensamentos e agradeço aos pais que por minha vida passaram.
Agradeço pelos momentos de amparo e
ensinamentos.
Foram bons os momentos alegres e foram necessários
os momentos difíceis.
Não tenho porque me sentir triste, porque se
hoje estou levando a vida da melhor maneira que posso é porque eles me levaram
naqueles muitos dias que eu ainda não sabia tomar a direção acertada.
Até hoje eu me pergunto o que fazer, mas, não
sei como, as coisas vão se ajeitando. Será que eles ainda olham por mim?
Joyce Pianchão
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